Tem coisas na vida que são muito difíceis de resolver. Às vezes, encontrar a solução parece impossível. E talvez seja mesmo. Mas não quer dizer que você vai sofrer eternamente por causa disso.
O famoso Doutor Jung, renomado psiquiatra e psicólogo suíço, já dizia: “Os maiores e mais importantes problemas da vida são, em certo sentido, insolúveis… Eles nunca podem ser resolvidos, apenas superados…”
Todos nós, em algum momento, enfrentamos desafios intransponíveis: amores perdidos, desejos inalcançáveis, perdas irremediáveis. Tentamos de tudo: buscamos soluções, refletimos por dias, mas o problema persiste. Então, algo curioso acontece — sem uma resposta clara, ele simplesmente perde a força. Não porque foi resolvido, mas porque você mudou.
Jung descreve esse processo como um “novo nível de consciência”. Em vez de encontrar uma solução lógica, você cresce. Sua visão se amplia, novos interesses surgem, e o problema perde a centralidade que antes ocupava.
Isso acontece com questões profundas como identidade, insegurança ou solidão. Não se “conserta” um coração partido com argumentos. Essas experiências são como estações da vida — você passa por elas e, com o tempo, se transforma.
Talvez seu trabalho não te realize. Você tenta mudar isso, sem sucesso. Mas ao investir em outras áreas da vida, o trabalho deixa de ser o centro do seu mundo. O problema continua lá, mas já não domina sua existência.
Superar, segundo Jung, é crescer até que o problema se torne pequeno diante de uma nova realidade interior. Não se trata de desistir, mas de evoluir. De permitir-se não ter todas as respostas.
Nem tudo precisa ser resolvido. Algumas coisas precisam ser vividas — e superadas.